segunda-feira, 16 de maio de 2011

APRENDENDO A ERRAR

Crianças perfeccionistas não sabem lidar com pequenos erros do dia a dia


O sonho de todos os pais é um filho que quer fazer tudo bem-feito, direitinho e caprichado nos mínimos detalhes. São crianças “primeiras da classe”, que fazem questão de tirar notas boas em tudo. Mas, o que parece ser a expectativa de muitos pais pode significar problemas para os pequenos quando a busca pelo sucesso leva ao perfeccionismo.

O processo de agradar aos pais começa muito cedo, a partir dos 36 meses (em média), quando as crianças desenvolvem gradativamente essa preocupação. Decorrente dessa ambição natural, a opinião dos outros torna-se muito importante e a criança passa a desejar ser identificada com o modelo de perfeição e objeto de amor (imaginário) que essas pessoas demonstram ter. Do tipo de relacionamento que surge dessa relação se estabelece ou não na mente infantil um modelo saudável de busca e aceitação dos próprios acertos e erros.

Segundo a Presidente Nacional da Associação Brasileira de Psicopedagogia, Irene Maluf, a criança perfeccionista é marcada pela procura constante e desenfreada da perfeição. Quer ser o melhor em tudo e ganhar sempre. E isso está longe de ser uma qualidade. Quando a aceitação do erro e da perda está ausente no comportamento dos pequenos é sinal de que algo vai mal.

“O medo e a não aceitação do erro impedem a criança de aprender a recomeçar, a aceitar seus limites, compreender as diferenças. Viver sempre na expectativa da aprovação dos outros breca o conhecimento de seu próprio valor, fazendo muitas vezes com que sinta rejeitada, inferiorizada e incapaz”, explica Irene.

Para o perfeccionista, fazer o melhor que pode é um verdadeiro tormento, uma vez que seus padrões de avaliação são sempre muito superiores às suas reais condições de realização. Todo esse processo, que gera muita angústia e ansiedade, torna-se mais visível no início da aprendizagem formal da alfabetização. Surgem, então, as repetidas crises de raiva, acompanhadas de choro colérico e atitudes de descontrole: a criança joga as coisas, rasga várias páginas do caderno e, por fim, grita, larga tudo, sai correndo.

É normal e esperado que uma criança fique chateada quando perde um jogo ou não consegue realizar uma atividade. Mas o certo seria que crianças envolvidas com mil estímulos esqueçam essas perdas em instantes e partam para um novo desafio. Já no universo do perfeccionismo, no entanto, não há espaço para o fracasso. “Ele repete e corrige o mesmo exercício várias vezes e nunca se contenta com o resultado. Fica frustrado, chora e às vezes, torna-se agressivo”, explica a pedagoga Marcia Freitas.

Ao aprender a ter uma modalidade de pensar e agir altamente exigente, a criança torna-se escrava de regras que ela mesma se impõe e, independentemente daquilo que gosta, age sempre dentro dessas normas que na sua imaginação a levarão a ser perfeita, admirada e amada pelos outros. Não admite seu erro por menos significativo que pareça aos demais e, frustrada, julga que os outros têm meios mais facilitadores para obter sucesso.

O desejo de ser perfeito pode até emprestar inicialmente um sentimento interno de satisfação pessoal, mas logo se mostra insatisfatório e a insegurança e a decepção tomam conta da criança, pois seus objetivos sempre são mais e mais inatingíveis.

“A falha e o erro tornam-se assim uma constante para ela, gerando baixa auto-estima, autocrítica e autorresponsabilização fora da realidade. Não é raro aparecer ansiedade e depressão,” completa Marcia.

“Errar é humano” pode parecer um chavão, mas para aprender é preciso se permitir falhar. Isso vale para qualquer habilidade e qualquer idade. A infância corresponde a um momento importante onde se deve ensinar o lado bom de errar e reconstruir, Um ambiente menos exigente, a aceitação de limites da criança, a valorização de seus ganhos e o respeito por suas tendências deve ser base da educação dentro da família e na escola.

Por: Ana Carolina Contri
Fonte: Revista Sua Escolha-abril 2011

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O perfeccionista tem o prazer pela vida sufocado por disciplinas auto impostas muito rígidas. Essas exigências constantes e exageradas, para consigo mesma, se expressarão, mais cedo ou mais tarde, em muitas formas diferentes de inflexibilidade no nível físico, especialmente nos músculos e nas juntas.

São pessoas altamente autocríticas, quer ser o que julga ser bom, mas não se acham boas o suficiente estando sempre em busca de algo para se sentirem cada vez mais habilitadas e capacitadas. Buscas inatingíveis.

Podem perder inúmeras oportunidades na vida pelo fato de não gostarem de se expor ou por se acharem incapacitadas para desenvolver determinada função.

São pessoas muito observadoras, mas não gostam de serem observadas nem criticadas. Querem ser exemplo para os demais, portanto buscam perfeição.

O perfeccionista acaba tendo sentimentos de frustração e estagnação, entre outros, portanto deve ser tratado o quanto antes, para que a pessoa possa desfrutar do grande prazer de viver. Pois vida é movimento.

O “erro” é fundamental para nosso crescimento. É necessário aceitá-lo de forma inteligente, flexível e adaptável.

Uma forma bastante saudável de tratar a pessoa perfeccionista é através dos FLORAIS de BACH, onde a tornará:

-idealista de mente aberta, capaz de abrir mão das teorias e princípios antes cristalizados,

-permitir aprender com os próprios erros,

-permitir-se expor,

-permitir-se SENTIR, ao invés de apenas pensar,

-buscar a si mesmo dentro da realidade,

-concretizar seus projetos, antes apenas no plano mental,

-capaz de trazer a alegria à vida e a paz interior fazendo dela um exemplo natural para os outros.

IMPORTANTE: Os Florais de Bach não substituem tratamento médico, complementam.

Por Rita Helaine- Terapeuta Complementar- Especialista em Florais de Bach

Fone: (11) 7462-3734- Operadora Vivo- Agendamento de 2ª a 6ª feira a partir das 14:30 horas.

E-mail: ritaterapeuta2010@hotmail.com

LÁBIOS NOS LÁBIOS


Beijar é essencial para manter um relacionamento saudável



Beijar é uma arte. Um único beijo pode expressar sentimentos, emoções e paixões, ao combinar o paladar, o tato e o olfato. Se cada sentido, separadamente, é capaz de produzir uma forte reação emocional, os três juntos podem transportar a pessoa para o paraíso.

Quem diz que um beijo é só um beijo certamente nunca foi beijado com um daqueles de tirar o fôlego. Um beijo pode ser sexy, doce, lento, rápido, suave, simples, quente. Segundo o autor do “Dossiê do Beijo”, Pedro Paulo Carneiro, há mais de 480 formas de beijar. E até o Kama Sutra reconhece a força de um beijo, ao listar 30 tipos de beijos arrasadores em suas páginas.

Nada melhor num relacionamento do que variar os tipos de beijo para que o casal não caia na rotina. Para a consultora comportamental Marta Novaes, quando o casal está feliz beijar é um ato espontâneo e recíproco. A vontade surge do afeto, do tesão. Mas se o casal já entrou naquela de “ir levando” a relação por conveniência, eles se habituam a trocar farpas ao invés de beijos.

“As despedidas com aquele beijinho automático, seguido de “tchauzinho”, e as chegadas com “oi bem”, não são gestos de carinho; são chavões que fazem parte de um ritual sem sal. É uma rima, mas não é uma solução”, avalia o sexólogo Amaury Mendes.

O beijo é tão importante para um relacionamento que foi eleito, depois da penetração vaginal, a prática sexual preferida de 81% das mulheres e de 88% dos homens, em pesquisa feita pela Universidade de São Paulo.

Acredite: os lábios da boca guardam semelhanças com o clitóris, principal motorzinho do prazer feminino. Essa seria uma das explicações do porquê as mulheres, principalmente, amam beijar. Ambos os órgãos têm intensa irrigação vascular e escondem suas terminações nervosas sob uma fina mucosa, o que os tornam supersensíveis. Além disso, a boca é a primeira parte do corpo com a qual exploramos o mundo, a partir do peito da mãe.

“A cada encontro com um novo parceiro, os lábios acabam por revelar se a relação terá ou não futuro sexual. O cheiro do outro, o gosto, a textura e a temperatura da pele, tudo isso já pode ser sentido no beijo. Ou seja: é no encontro dos lábios que nasce e morre o amor e o tesão, analisa Mendes.

Depois de constatar que falta de beijo costuma ser problema comum entre casais que estão há muito tempo juntos, a psicoterapeuta americana Cherie Byrd resolveu fundar a Academia do Beijo, em Seattle, Estados Unidos, onde oferece cursos e tratamentos relacionados à questão.

Técnicas de beijo são fundamentais para manter a vontade acesa. “Quando bocas e línguas se encontram, os amantes passam a se conhecer melhor. Muito mais do que quando o beijo parte diretamente para as zonas erógenas do parceiro”, conta Marta.

Por isso, é excitante começar pelos pés, em seguida passar para a palma das mãos e ir subindo pelo braço até cobrir toda a pele. Em seguida, explorar a região de trás dos joelhos com beijos e mordidas suaves até subir pelas pernas e atingir a parte das coxas. Beijos rápidos e fortes por toda essa região são muito excitantes para quem dá e para quem recebe.

O beijo é ponto-chave para manter o calor de uma relação e salvar aquela que não vai muito bem. Além disso, é uma forma muito gostosa de demonstrar carinho por alguém, por isso aproveite para beijar muito.

...Beijar também acalma, já que o nível de serotonina no cérebro (substância neurotransmissora que dá a sensação de euforia e relaxamento) aumenta nessa hora. E mais: a cada beijo apaixonado, 29 músculos são ativados, o coração dispara, o corpo se aquece e queimamos até 15 calorias.

Por: Ana Carolina Contri
Fonte: Revista Sua Escolha-abril 2011